
A rotina de sua vida consistia em brincar, dormir, caçar, fazer gracinhas para os donos e, nos
últimos tempos... pensar. Encontrava-se na idade de um ano e meio, o equivalente mais ou menos aos 17 anos dos humanos. Uma fase de porquês, de autodescoberta através dos amigos.
Assim encontrava-se Sofia, uma gatinha meio siamesa, meio rajada cinza claro.
últimos tempos... pensar. Encontrava-se na idade de um ano e meio, o equivalente mais ou menos aos 17 anos dos humanos. Uma fase de porquês, de autodescoberta através dos amigos.
Assim encontrava-se Sofia, uma gatinha meio siamesa, meio rajada cinza claro.
No quintal da chácara onde morava, já havia se relacionado com um grupo de taturanas pretas, de uma religiosidade radical, conservadoras ao extremo; por um tempo, transmutou-se em taturanas pretas, mas acabou afastando-se, cansada de todo aquele extremismo, e também porque partiram sem se despedir.

Logo depois, Sofia aproximou-se do grupo das taturanas vermelhas, alegres, com ares de vanguarda, sempre dançando, cantando embriagadas do suco de uva que induziam Sofia a pegar “emprestado” dos donos; mas a gatinha cansou-se das taturanas vermelhas, que também partiram sem despedidas.

Na procura por conhecer-se através das relações de amizade, Sofia não conseguia criar um
vínculo que a permitisse identificar seus anseios e sua essência. E, no distanciamento das partidas, não conseguia criar uma consciência de si mesma.
vínculo que a permitisse identificar seus anseios e sua essência. E, no distanciamento das partidas, não conseguia criar uma consciência de si mesma.
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