segunda-feira, 1 de junho de 2009

De taturanas pretas, vermelhas e verdes... ou Como Sofia descobriu o teatro, parte 5


... “Acho que o maior conflito para o ator que está iniciando no teatro é o como interpretar
dignamente uma personagem. Será identificando-se ao máximo com a personagem através do
subconsciente, podendo com isso criar um vínculo com o público? Ou distanciando-se, analisando a personagem de modo mais científico? Ou trabalhando o físico e esgotando-se a ponto de
transmutar-se inconscientemente com o que existe de mais humano, nossos modelos de pensamento e os signos à nossa volta?

Preciso estudar Constantin Stanislavski, Bertolt Brecht e, um dia, o teatro físico de Jerzy Grotowski, entre outros... Peter Brook... vou estudar a vida inteira. Gosto muito disso.”
Sofia, o teatro não se realiza sem a presença física do ator. Enquanto não é encenado para
um público, não existe como tal; refletiu a taturana mais tímida.


“Teatro é ação”; refletia o pensamento sobre si mesmo de Priscilla.


“Existem muitos modos de produção em teatro. Profissional, amador, experimental,
tradicional, comercial, teatro para o povo ou um público elitista, teatro infantil e adulto. Participei
de algumas montagens de final de curso e já ensaiei em dois grupos amadores de teatro. Uma vez, um professor atentou-me à importância dos ensaios. É repetindo, experimentando, errando que nos aproximamos do tema da peça e da personagem, questionando as ações humanas.”


“Existem muitos fazeres teatrais e muitos públicos. Na praça Roosevelt, em São Paulo, o
público é formado por muitos atores, é praticamente uma metalinguagem de si mesmo. Em teatros de shopping, o público geralmente procura entretenimento. Existem os Teatros Municipais, o teatro do Centro de Convivência; teatros universitários, teatros de pesquisa.”
“Desconfio que o melhor crítico de uma peça é o público. O teatro é realizado para o grande
personagem principal: o espectador. Transforma atores, encenadores e público através da reflexão do ser humano como ser social.”


“Cabe ao encenador o questionamento e ao ator a realização da reflexão proposta. A
investigação, o repertório adquirido durante a vida e o estudo serão sempre o melhor caminho para o ator não se perder na vaidade, ingenuidade e seguimento cego de encenadores ou propostas vazias.


Duvidais sempre?”

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